A ciência dos riscos: como as seguradoras calculam probabilidades
- bossanovaseguros
- 28 de jul.
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Ao contratar um seguro, muitos imaginam que o valor da apólice surge quase que aleatoriamente, mas por trás dele existe um processo extremamente técnico e detalhado. As seguradoras trabalham com uma base sólida de dados e estatísticas para calcular o risco envolvido em cada situação.
Esse processo é conhecido como subscrição de risco, e seu objetivo é responder a uma pergunta central: qual é a chance de algo dar errado e quanto isso pode custar?
Tudo começa com a análise do perfil do segurado. Em um seguro de automóvel, por exemplo, entram em jogo variáveis como idade, gênero, tempo de carteira de habilitação, local de residência, uso do veículo e até o modelo do carro. Para imóveis, fatores como localização, tipo de construção, histórico de sinistros na região e presença de sistemas de segurança pesam bastante.
Em todos os casos, a seguradora acessa bancos de dados extensos e históricos de ocorrências semelhantes para prever, com base estatística, a probabilidade de um sinistro ocorrer.
A essa ciência aplicada dá-se o nome de atuária, uma disciplina que combina matemática, estatística e economia para avaliar riscos e criar modelos preditivos. Atuários, profissionais especializados nessa área, são responsáveis por transformar dados em decisões.
Eles não apenas precificam apólices, mas também ajudam a garantir que a empresa tenha reservas suficientes para cobrir os sinistros que eventualmente surgirem.
Mas o cálculo de risco vai além do indivíduo.
As seguradoras também consideram eventos de grande impacto, como enchentes, incêndios em massa, epidemias ou acidentes em série. Para isso, utilizam simulações complexas, chamadas de modelagem catastrófica, que estimam perdas potenciais em cenários extremos.
O objetivo é antecipar situações raras, mas de grande impacto financeiro.
Além da técnica, há também a adaptação ao comportamento humano. Dados mostram, por exemplo, que pessoas que dirigem de forma agressiva têm maior risco de acidentes. Com o avanço da tecnologia, dispositivos como rastreadores veiculares e aplicativos que monitoram a forma de dirigir vêm sendo usados para personalizar o valor do seguro com base em comportamentos reais.
O mesmo vale para seguros de saúde, onde hábitos como sedentarismo, alimentação e exames preventivos podem interferir diretamente no valor e nas condições oferecidas.
No fim das contas, o que parece apenas um número no boleto mensal é, na verdade, o resultado de uma cadeia de cálculos, estudos e decisões baseadas em probabilidade.
A ciência dos riscos é o que permite equilibrar segurança e sustentabilidade financeira, tanto para quem contrata quanto para quem oferece o seguro. E quanto mais dados confiáveis, maior a precisão, o que, no futuro, tende a tornar os seguros cada vez mais personalizados, acessíveis e justos.




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