O que foi o primeiro seguro da história e por que ele surgiu?

O primeiro registro de algo semelhante ao seguro como conhecemos hoje remonta à Antiguidade, por volta de 1750 a.C., com o Código de Hamurabi, na Mesopotâmia. Naquela época, comerciantes que transportavam mercadorias por longas distâncias enfrentavam inúmeros riscos de naufrágios a roubos.

Para minimizar prejuízos, surgiu um tipo rudimentar (básico e simples) de seguro chamado empréstimo à risco marítimo.

Funciona assim: um comerciante pegava um empréstimo para financiar a viagem. Se a carga chegasse ao destino com segurança, ele pagava o valor do empréstimo com juros. Mas, se a mercadoria fosse perdida no caminho, a dívida era perdoada. Esse modelo compensava o credor pelos riscos envolvidos, o que na prática funcionava como um seguro primitivo.

Com o tempo, a ideia evoluiu. Na Idade Média, as corporações de ofício já criavam fundos para apoiar membros em caso de doenças ou acidentes. Mas foi só no século XVII, com a criação da Lloyd’s of London, na Inglaterra, que surgiram os seguros organizados e com contratos mais parecidos com os atuais.

A razão pela qual o seguro surgiu, portanto, foi simples e atemporal: proteger contra o imprevisível. Desde os tempos antigos até hoje, o objetivo permanece o mesmo, dar segurança em meio à incerteza.