Os seguros mais caros (e mais bizarros) do mundo

Alguns dos seguros mais caros e certamente mais inusitados do mundo revelam o quanto o mercado segurador é amplo, criativo e adaptável a necessidades extremamente específicas.

Em geral, essas apólices milionárias estão associadas a bens intangíveis, características corporais únicas ou riscos altamente personalizados, refletindo valores simbólicos e econômicos muito além do convencional.

Um exemplo emblemático é o da cantora Mariah Carey, que segurou suas pernas por aproximadamente 1 bilhão de dólares, em uma apólice publicitária que refletia o valor de sua imagem enquanto embaixadora de uma linha de produtos.

Casos semelhantes envolvem atletas e celebridades, como Cristiano Ronaldo e David Beckham, que contrataram seguros altíssimos para proteger membros específicos do corpo, elementos diretamente ligados à sua performance profissional e ao valor de mercado da sua marca pessoal.

Outro caso curioso é o do apresentador Bruce Springsteen, que segurou sua voz por uma fortuna. O raciocínio é técnico: qualquer prejuízo vocal representaria uma interrupção de carreira, perda de receitas com turnês e royalties, o que justifica uma cobertura robusta.

No campo empresarial, seguradoras já desenvolveram produtos sob medida para proteger contra riscos excêntricos, como o desaparecimento temporário de CEOs, ataques cibernéticos a celebridades, e até eventos sobrenaturais, como o caso de uma seguradora britânica que, por marketing, chegou a oferecer apólices contra abdução alienígena, com cláusulas surrealistas (mas legais).

É importante observar que, por trás dessas coberturas inusitadas, há uma complexa engenharia atuarial. Os cálculos levam em conta a exposição ao risco, o valor de reposição (quando aplicável), impactos econômicos indiretos e critérios subjetivos como valor de imagem, reputação e exclusividade do bem segurado. São seguros altamente personalizados, feitos sob medida.

Esses exemplos, ainda que possam parecer extremos ou excêntricos, evidenciam a elasticidade do setor de seguros.

Mostram como o mercado é capaz de proteger não apenas patrimônio físico, mas também ativos imateriais e simbólicos, algo que tende a crescer à medida que vivemos em uma economia cada vez mais baseada em imagem, influência e valor intangível.